Brasília - O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ),
criticou quinta-feira (21) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
que acatou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa o
parlamentar de ter apresentado documentos falsos. Por 6 votos a 3, a
Corte decidiu que Cunha será réu em ação a ser julgada pelos ministros.
Em
nota, o líder peemedebista diz que foi vítima de um estelionatário, mas
que confia na decisão final da Justiça. "Fui vítima do malfeito de um
estelionatário já condenado, em função do meu testemunho de acusação. O
condenado em questão, um ex-procurador do Ministério Público (MP-RJ),
mencionado no inquérito, foi julgado e, graças ao meu testemunho à
Justiça, condenado por ter falsificado vários documentos", defendeu-se
Cunha.
Para o Ministério Público Federal, o deputado apresentou
documento falso para suspender processo em andamento no Tribunal de
Contas do Estado do Rio de Janeiro, que apurava sua gestão na Companhia
Estadual de Habitaçã (Cehab-RJ). A apresentação dos documentos falsos
levou à suspensão do processo no tribunal, beneficiando o deputado
fluminense.
Na nota, Eduardo Cunha acrescentou que, como
testemunha, contribuiu para a demissão do ex-procurador "fraudador".
Segundo ele, outras pessoas também foram prejudicadas pelo então
procurador estadual. "Como poderia imaginar ser falso um documento
oficial do MP fornecido por um procurador? Se não fosse o documento
original por mim entregue ao MP e à Justiça, não se teria provado a sua
falsificação", ponderou.
O deputado pontuou ainda que a decisão do
STF não representa sua condenação. "Confio na decisão final da Justiça,
que concluirá pelo despropósito da acusação".
Iolando Lourenço e Ivan Richard
Agência Brasil
Fonte: http://www.omossoroense.com.br
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